Os partidos Pros e Solidariedade, ambos membros da Coligação Brasil da Esperança, que promove a campanha do ex-presidente Lula, anunciaram nesta sexta (7) o início de seu processo de fusão. O anúncio se deu poucos dias após o final das eleições para o Legislativo. Nenhuma das duas legendas conseguiu alcançar a quantidade de votos necessários para ultrapassar a cláusula de barreira.
Em nota assinada pelos dois presidentes, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), do Solidariedade, e Eurípedes Júnior, do Pros, os dirigentes afirmam que “essa unidade é motivada pela identidade, compatibilidade de valores e visão compartilhada do projeto político nacional”, ressaltando que os dois partidos nasceram na mesma data e buscando projetos políticos semelhantes.
Essa fusão, porém, não é suficiente para garantir a sobrevivência dos dois partidos à cláusula de barreira. O Solidariedade conseguiu eleger quatro deputados nas eleições, e o Pros elegeu três. Para que tenham acesso ao fundo eleitoral e também ao tempo de rádio e televisão em 2026, o novo partido precisa acumular uma bancada de 11 deputados eleitos de nove estados ou quadros que concentrem 2% do total de votos válidos nacionais.
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Para alcançar esse valor, o novo partido conta com dois caminhos possíveis: ou se juntam a uma federação, ou entram em fusão com mais um ou mais partidos que somem o total de votos ou parlamentares necessários. Na nota, os dirigentes afirmam que possuem expectativa de crescimento com uma eventual vitória de Marília Arraes, do Solidariedade, no segundo turno para o governo de Pernambuco. O controle de um governo estadual pode dar maior margem de negociação à nova sigla ao tratar de futuras fusões.