No primeiro debate do segundo turno entre os candidatos à Presidência da República, na Band, Jair Bolsonaro, do PL, candidato à reeleição, ao ser questionado sobre os prejuízos educacionais de crianças na pandemia, apresentou como solução para o problema o aplicativo Grapho Game, um jogo eletrônico que vem sendo usado pelo Ministério da Educação.
Segundo Bolsonaro, o Grapho Game seria “capaz” de alfabetizar uma criança em seis meses, a partir dos jogos e interações que propõe. Ao Congresso em Foco, a presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, alerta: “O que Bolsonaro disse no debate é mentira”.
“Jamais seria dito por alguém responsável que um aplicativo seja capaz de alfabetizar uma criança sem o auxílio de um professor”, afirma Priscila.
Ouça em áudio a declaração de Priscila Cruz:
O Grapho Game é um aplicativo originalmente desenvolvido na Finlândia, que foi traduzido e adaptado para o português pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (Inscer), ligado à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Por meio de jogos e associação de sons e fonemas, ele se destina a dar um apoio ao aprendizado das crianças.
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“É um aplicativo que apoia as crianças, ajuda no reconhecimento de sons e associação com as letras”, explica Priscila. “De forma alguma, pode substituir um professor”.
“É um caminho totalmente equivocado achar que um aplicativo possa substituir um professor”, critica ela.