Integrantes da coligação encabeçada por Jair Bolsonaro, o Republicanos e o PL tentam se descolar do atual presidente na ação do PL que contesta o resultado da eleição, alegando problemas em urnas eletrônicas.
Os dois partidos vão recorrer da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que determinou multa de R$ 22,9 milhões e bloqueio do fundo partidário das legendas. Moraes rejeitou o pedido de anulação da votação do segundo turno e condenou a coligação por litigância de má-fé.
“Não contestei resultado. Pelo contrário. Reconheci o resultado publicamente às 20h28 do dia da eleição”, ressaltou o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, em mensagem no Twitter. Ele reclamou, ainda, que não foi consultado pelo PL. “Vamos recorrer dessa parte (bloqueio dos fundos). Não dei aval. Gostaria ao menos de ter sido consultado.”
O presidente do PP, Cláudio Cajado (BA), também disse que não autorizou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a entrar com a ação em nome da coligação de Bolsonaro. Ele também vai recorrer para que o PP seja excluído da punição determinada ao PL.
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“O Partido Progressista vai apresentar recurso porque nós não autorizamos a ação”, disse Cajado em nota. “O presidente Valdemar como representante da coligação entrou em nome da coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados, e como podemos ser penalizados?”, afirmou.