Durante encontro com lideranças de movimentos sociais nesta sexta-feira (27), tanto o ex-presidente Lula (PT) quanto seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSDB), se pronunciaram sobre a postura adotada por Jair Bolsonaro ao lidar com os demais poderes. Lula apontou para o uso eleitoral e midiático dos ataques do presidente às instituições. “Não estamos enfrentando um adversário fraco. Estamos enfrentando alguém perigoso, porque o comportamento dele não é democrático”, disse Lula sobre seu rival. “Ele vive de ofender as instituições. Ele vive dizendo que só Deus vai tirar ele de lá [da presidência]. Então eu quero que ele saiba que o povo é a voz de Deus, e o povo vai tirar ele de lá”, complementou. No encontro, o petista recebeu um conjunto de propostas para a recuperação social e econômica do Brasil elaborado por 87 entidades.
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Lula também brincou com o resultado da última pesquisa de intenção de voto do Datafolha, que o colocou 21 pontos acima de Bolsonaro. “Eu imagino que o Bolsonaro não dormiu essa noite. Eu imagino que ele falou: ‘que desgraça esse Lula tem? Que desgraça, que a gente faz fake news contra ele todo dia, a gente mente contra ele”, afirmou.
Alckmin criticou os discursos de Jair Bolsonaro referentes ao sistema eleitoral, exigindo a implementação ou de voto impresso para recontagem das urnas ou de intermediação das forças armadas na contagem dos votos. “Não é que ele não confia na urna eletrônica. Ele não confia é no voto dos brasileiros, porque ele sabe que não merece um outro mandato”, declarou.
O discurso se deu um dia depois do presidente, em coletiva de imprensa, reafirmar sua desconfiança no sistema eleitoral, desta vez atacando o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que assumirá a chefia da Corte durante as eleições.
“Quando a gente pensa que vai resolver, complica a situação. O que é o senhor Alexandre de Moraes? Ele quer o confronto? Uma ruptura? Por que ele ataca tanto a democracia?”, perguntou, alegando também estar “esgotando tudo dentro das quatro linhas da Constituição”.