O Partido Liberal (PL) anunciou, nesta terça-feira (8), que o presidente Jair Bolsonaro, que foi derrotado em seu projeto de reeleição nestas eleições, foi convidado a fazer parte da executiva nacional e a ser o novo presidente de honra do partido.
“Nós queremos que ele comande o nosso partido, esteja à frente dessa luta que ele construiu para levar nosso partido a um patamar mais importante. É muito importante que ele corra o Brasil, que ele continue fazendo política para a gente conseguir atingir nossos objetivos”, disse o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, em coletiva de imprensa em Brasília.
O dirigente do PL também anunciou que o partido fará oposição ao novo governo do ex-presidente Lula (PT), que retorna à presidência da República a partir de 2023. O anúncio foi realizado após as especulações de uma reaproximação entre Lula e Valdemar Costa Neto. O PL já esteve na base dos governos petistas. Era, inclusive, o partido do vice-presidente José Alencar na eleição de Lula em 2002.
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Era especulado que o PL indicasse o novo líder do governo no Senado. Em troca, o PL apoiaria a recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. O PL, dois anos depois, indicaria o novo presidente do Senado. As negociações não agradaram os bolsonaristas que migraram ao partido junto com Bolsonaro.
“O PL não renunciará às suas bandeiras de ideias. Será oposição aos valores comunistas e socialistas. Será oposição ao futuro presidente. O Partido Liberal seguirá mais forte do que nunca na busca por uma nação unida pela liberdade, verdade e fé”, disse o presidente do partido, que também anunciou que o partido deve disputar a presidência do Senado.
Sobre o cargo de Bolsonaro no partido, ele não citou valores para um eventual salário. Apenas garantiu que dará todas as condições para que o presidente continue sua militância na legenda: “Quero pagar o maior valor que eu puder, porque ele é um cabo eleitoral de 58 milhões de votos. Bolsonaro é o nosso capitão, vamos seguir ele no que for preciso”, completou Valdemar. Com Bolsonaro nestas eleições, o partido elegeu 99 deputados federais e 8 senadores.