Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (2) apontam que o produto interno bruto (PIB) brasileiro recuou 0,1% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo período de 2020, o instituto registrou crescimento de 4% no índice.
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Tecnicamente, um país entra em recessão quando há dois trimestres seguidos de queda, o que foi registrado no Brasil.
Entre os destaques por setores estão o crescimento dos serviços (1,1%), a queda acentuada na Agropecuária (8%) e a estagnação da Indústria (0%).
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Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre totalizou R$ 2,2 trilhões, sendo R$ 1,9 trilhão em valor adicionado a preços básicos e R$ 334,3 bilhões em impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Dados divulgados pelo IBGE também trazem a revisão do resultado do segundo trimestre. Houve uma diferença que passou de -0,1% para -0,4%, o que coloca em risco as projeções de crescimento da economia também para o próximo ano.
Governo defende qualidade
Em resposta ao resultado do PIB em 0,1%, o Governo Federal emitiu uma nota em defesa da “qualidade” do percentual. Comparado com o terceiro trimestre de 2020, a economia cresceu 4%. A SPE projetava uma variação de 4,8%.
Em nota sobre o resultado, a secretaria destacou os avanços das taxas de poupança e investimento, afirmando que dados divulgados pelo IBGE são passíveis de revisão.
“A taxa de poupança chegou a 18,6% do PIB no terceiro trimestre, retornando ao nível do mesmo trimestre de 2014. Por sua vez, a taxa de investimento atingiu 19,4%, retomando o patamar do começo da década passada”, diz o texto.
Sobre a “qualidade do crescimento”, a SPE afirmou que até 2013, os investimentos eram “em grande parte, financiado com recursos públicos”, e que hoje, “é financiado majoritariamente pelo setor privado: os recursos, através de decisões do setor privado, vão para onde é mais eficiente e não mais para onde o Estado determina. A redução de direcionamento de crédito é fundamental para retomada do investimento”.
Leia a íntegra do documento:
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