O empresário bolsonarista Milton Baldin foi preso pela Polícia Federal na noite dessa terça-feira (6) em Brasília. Baldin participava de ato golpista em acampamento na Praça dos Cristais, em frente ao Quartel General do Exército desde o início de novembro. Ele foi detido por convocar atiradores para o protesto.
A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator de investigações sobre a organização e o financiamento de manifestações antidemocráticas. O empresário, que é natural de Mato Grosso, foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília. Ele é acusado de instigar grupos armados a protestarem na capital federal.
No último dia 26, Baldin convocou brasileiros que tenham “armas legais” e os que têm CAC (Colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) para impedir a diplomação do presidente eleito Lula. Ele ainda pediu a empresários que dessem férias a caminhoneiros para que eles participassem dos protestos em Brasília.
“Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós estamos precisamos de peso e de força aqui”, disse ele, em vídeo divulgado nas redes sociais. “São só 15 dias, não vai fazer diferença. E também queria pedir aos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), que têm armas legais, hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores, venham aqui mostrar presença”, defendeu.
Leia também
Com microfone sobre um palco improvisado no acampamento, Baldin disse que uma ação deveria ocorrer até o dia 19, data limite para diplomação de Lula. “Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas. E aí o que vão falar? ‘Perdeu, mané.’ E como nós vamos defender a nossa propriedade e a nossa família?”. A diplomação de Lula foi antecipada para a próxima segunda-feira (12).
Publicidade