A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (26), uma operação para investigar a compra de ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste, no início da pandemia de covid-19 no Brasil. O contrato teve valor de R$ 45 milhões, que seriam utilizados na aquisição de 300 equipamentos, mas nenhum aparelho foi entregue.
A Operação Cianose cumpriu 14 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Um dos alvos de busca e apreensão é Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil do governo da Bahia, que atuou no negócio.
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Formado em 2019 pelos nove estados da região Nordeste, o consórcio era presidido pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), na época da aquisição dos aparelhos. Segundo a PF, a compra contou com irregularidades, como o pagamento antecipado do valor integral, sem a existência de garantia contra eventual inadimplência por parte da fornecedora prevista no contrato.
Em nota, o Consórcio Nordeste afirma que a compra foi um “processo administrativo que observou todos os requisitos legais” previstos na Lei 13.979/2020 e que a entidade foi vítima de uma “fraude”.
“O Consórcio foi vítima de uma fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio Nordeste às autoridades policiais e ao judiciário”, afirmou a nota.
A entidade destaca que “segue aguardando a apuração desse crime, o julgamento e punição dos responsáveis e a devolução do dinheiro aos cofres dos respectivos estados”.
Confira a íntegra da nota do Consórcio Nordeste:
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