A pouco menos de um mês até o primeiro turno das eleições municipais, que será realizado no dia 6 de outubro, oito prefeitos despontam com amplo favoritismo nas pesquisas e têm o seu plano de se reeleger bem encaminhado. Em Maceió, Macapá, Salvador, São Luís, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Boa Vista, os atuais prefeitos podem se reeleger no primeiro turno.
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, é o favorito nas eleições da capital, segundo o instituto Datafolha. A pesquisa do dia 5 aponta Paes próximo da reeleição, com 59% das intenções de voto. Logo em seguida, vêm os deputados federais Delegado Ramagem (PL) e Tarcísio Motta, com 11% e 6%, respectivamente.
Prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), aparece com 73% das intenções votos, conforme pesquisa Futura Inteligência, publicada no último dia 6. O deputado federal Rafael Brito (MDB) aparece em segundo lugar, com 10%.
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Outras capitais nordestinas em que o atual prefeito está na dianteira contra um deputado federal são São Luís e João Pessoa. O prefeito da capital maranhense, Eduardo Braide (PSD), tem 60% das intenções contra 21% do deputado Duarte Jr (PSB), segundo a pesquisa Quaest do dia 9. Cícero Lucena (PP), prefeito da capital paraibana, tem 53% das intenções de voto, conforme a Quaest, e está à frente do deputado Ruy Carneiro (Podemos), com 11%
Em Salvador, o atual prefeito Bruno Reis (União Brasil) enfrenta o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB). De acordo com a pesquisa do instituto Futura Inteligência, do dia 9, Bruno tem 69% e caminha para a reeleição contra os 10% do vice-governador do estado. Ainda na região Nordeste, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), aparece com 76% das intenções de voto, segundo a pesquisa Quaest da última quarta-feira (11).
PublicidadeNa região Norte, em Macapá, o prefeito da capital amapaense, Dr. Furlan (MDB), aparece com 86,2%. A pesquisa do instituto Futura Inteligência, publicada na terça-feira (10), além de apontar o encaminhamento da reeleição, também evidenciou a distância entre o prefeito e os demais candidatos. O segundo e terceiro colocado aparecem empatados com 3,4% das intenções.
Em Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), prefeito da capital de Roraima, tem 62,6% das intenções de voto, segundo pesquisa Futura Inteligência de quinta-feira (12). Ele enfrenta no pleito a deputada estadual Catarina Guerra e o deputado federal Nicoletti. Ambos do União Brasil, os candidatos travam disputa na Justiça Eleitoral para ver quem vai ser o representante da sigla, uma vez que ela foi avalizada pela executiva nacional e ele pelo diretório municipal.
Segundo o levantamento do Congresso em Foco, Mariana Carvalho (União Brasil), que concorre à prefeitura de Porto Velho, é a única candidata com chances de ser eleita em primeiro turno, que não é a atual mandatária do município. Foram avaliadas pesquisas eleitorais publicadas neste mês referentes às 26 capitais estaduais brasileiras.
Ela aparece com 55,8% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa Futura Inteligência do dia 4. A capital de Rondônia atualmente é comandada por Hildon Chaves (PSDB), que está no segundo mandato, e apoia Mariana.
Em Vitória, o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), aparece numericamente acima dos 50% das intenções de voto. Porém, pela margem de erro da pesquisa Quaest, de três pontos percentuais, os 51% de Pazolini podem variar para 54% ou 48%. No segundo caso, não seria possível a reeleição em primeiro turno.
Favoritismo e reeleição
Para o sociólogo e diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres, o favoritismo dos atuais prefeitos, segundo as pesquisas apontam, relaciona-se com a avaliação do governo. “Em cenários onde você tem um candidato a prefeito no exercício do cargo disputando a reeleição, as eleições consumam-se quase que publicitárias, no sentido de avaliação da gestão”, explica.
Ele argumenta que se a gestão pública feita pelo mandatário é bem avaliada, a tendência é que o eleitorado opte pela manutenção do governo. Outro ponto levantado pelo especialista é que a máquina pública e a capacidade de comunicação dos atuais prefeitos são elementos que corroboram para o período eleitoral.
“Se a gestão está sendo bem avaliada, a tendência é que esse prefeito tenha um potencial eleitoral muito forte. Porque acaba que é indiscutível que o peso da máquina e o peso da capacidade de comunicação que esse político no exercício do mandato tem para disputar a reeleição é muito forte. E acaba, de certa maneira, até desequilibrando a disputa a favor de quem está no mandato”, aponta Arilton Freres.
Segundo turno
Por mais que oito prefeitos estejam com um pé na reeleição, de acordo com as porcentagens das pesquisas eleitorais, outros ainda devem concorrer em um segundo turno. Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, segundo a última pesquisa Datafolha, está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (Psol). Outros institutos apontam empate triplo, com Pablo Marçal (PRTB), o que deixa a disposição do segundo turno incerta.
Além de Nunes, outros atuais prefeitos que também podem concorrer no segundo turno são: Tião Bocalom (PL), de Rio Branco; David Almeida (Avante), de Manaus; Fuad Noman (MDB), de Belo Horizonte; Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre; e Topázio Neto (PSD), de Florianópolis. Desses que podem ir ao segundo turno, Nunes, Noman e Topázio Neto eram vices dos prefeitos eleitos em 2020.
Se por um lado há prefeitos com grandes chances de reeleição e de ir ao segundo turno, existem aqueles abaixo nas pesquisas. José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza; Rogério Cruz (Solidariedade), de Goiânia; Adriane Lopes (PP), de Campo Grande; Edmilson Rodrigues (Psol), de Belém; e Dr. Pessoa (PRD), de Teresina, são alguns candidatos à reeleição que correm o risco de não disputar o segundo turno das eleições.