A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou um passageiro brasileiro que testou positivo para Covid-19 após viagem pela África do Sul. Ele desembarcou em Guarulhos no sábado (27) em um voo da Ethiopian Airlines. Não há confirmação se o caso é da variante Ômicron.
O passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático, realizado antes da viagem. Porém, após sua chegada, a Anvisa foi informada às 21h12 do sábado sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos.
Diante do resultado, a Anvisa notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional, estadual e municipal, às 1h07 deste domingo (28). A Vigilância epidemiológica do Município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.
Após a identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, o paciente foi colocado em isolamento e já cumpre quarentena residencial. Os órgãos de saúde estadual e municipal passam a fazer o monitoramento do caso. O Ministério da Saúde acompanha o caso.
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Anvisa recomenda restrição de voos
Na noite de sábado (27),a Anvisa divulgou uma nota técnica complementar recomendando que governo brasileiro amplie medidas referentes à entrada de viajantes no país e restrições de voos, especificamente como decorrência da identificação de nova variante do SARS-CoV-2, identificada como B.1.1.529 e nomeada pela OMS como Ômicron.
A nota amplia a lista de países com medidas restritivas de caráter temporário e passa a incluir também os voos e viajantes procedentes de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia na lista de recomendações de restrição.
PublicidadeVariante preocupa OMS
O Grupo de Aconselhamento Técnico (TAG-VE) da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a evolução do vírus SARS-CoV-2 foi convocado na última sexta-feira (27) para avaliar a nova variante SARS-CoV-2 B.1.1.529, batizada de Ômicron, e acompanhar se as mutações (específicas e combinadas) alteram o comportamento do vírus. A variante foi identificada pela primeira vez na última quarta (24), na África do Sul.
De acordo com a nota da OMS, a variante Ômicron apresenta cerca de 50 tipos de mutações, algumas das quais preocupantes. A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção em comparação com outros VOCs (variantes de preocupação).
Para ser considerada VOC, uma variante deve apresentar aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da covid-19; aumento da virulência ou alteração na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia da saúde pública e medidas sociais ou diagnósticos, vacinas, terapêuticas disponíveis.