A intensa atividade de garimpeiros ilegais em terras indígenas está promovendo grande destruição não apenas nas terras Yanomami, como apontam as recentes denúncias sobre a grave crise humanitária que assola os indígenas da floresta amazônica. A exploração ilegal do ouro também atinge de forma sistêmica, ameaçando a a existência de um dos principais afluentes do rio Amazonas, o Tapajós. O ambientalista Caetano Scannavino faz o alerta: “O Tapajós está doente e está morrendo”.
O rio Tapajós nasce no estado de Mato Grosso, banha parte do Pará e desagua no rio Amazonas, ainda em terras paraenses. O nome faz referência ao grupo indígena tapajós. O Tapajós é considerado um rio sagrado para o povo Munduruku. “Hoje o rio está praticamente todo barrento em função da atividade garimpeira. A gente sabe que a extração vem aumentando desde 2010, principalmente nos últimos anos com a explosão do preço do metal em função da pandemia. Apenas no TI Munduruku houve um crescimento de 363% das atividades garimpeiras”, ressalta o ambientalista. (Por Iris Costa)
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Veja o vídeo e entenda como as atividades garimpeiras ilegais ameaçam o rio Tapajós: