Os militares investigados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado são adeptos do uso das figurinhas no WhatsApp. Elas eram utilizadas na comunicação entre eles para atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outros desafetos (veja algumas delas mais abaixo). O relatório da PF divulgado na última terça-feira (26), que traz reproduções das conversas dos envolvidos no plano de assassinar Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, mostram as figurinhas e os memes trocados nas conversas por mensagens de texto.
Alexandre de Moraes fálico
Em troca de mensagens sobre captação de assinaturas de militares para a Carta com teor antidemocrático, o tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo envia uma figurinha de Alexandre de Moraes ao também tenente-coronel Sergio Cavaliere — com uma edição curiosa.
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Inquérito PF
“Cala a boca, Batista”
Durante outra conversa, o general Braga Netto encaminha ao militar reformado e advogado Ailton Gonçalves Barros uma figurinha associando o tenente-brigadeiro Baptista Júnior ao “comunismo”. Batista é o nome do personagem atrapalhado interpretado pelo ator Eliezer Motta na Escolinha do Professor Raimundo, na Globo. Ele era um admirador caricato do Professor Raimundo, personagem de Chico Anysio. Então comandante da Aeronáutica em 2022, Baptista Junior virou alvo de outros militares ao se recusar a compactuar com o plano de golpe de Estado.
Inquérito PF
“Desce a chibata”
Na mesma conversa, a figurinha de uma chibata foi encaminhada por Ailton Gonçalves em resposta à ordem de Braga Netto para atacar Baptista Júnior e a família dele.
“Senta o pau no Batista Junior (…) traidor da pátria. Daí para frente. Inferniza a vida dele e da família”, diz a mensagem.
Inquérito PF
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