O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou, em uma entrevista à agência de notícias especializada em economia Bloomberg, que não deverá participar do primeiro escalão de um eventual novo governo do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.
Recentemente, um artigo de Mantega, no qual ele admitia a possibilidade de rever a reforma trabalhista ganhou repercussão em setores do empresariado. E Lula, em reposta, afirmou que qualquer mudança nesse sentido só seria feita numa negociação tripartite, envolvendo empregadores e empregados.
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com comercial@congressoemfoco.com.br.
“Não pretendo voltar”, afirmou Mantega à Bloomberg. “A economia tem ciclos. Você fica com a parte boa, mas se a economia não funciona, a culpa é do ministro. Fiquei no governo por 12 anos seguidos. Já dei a minha parte”.
Leia também
À agência, o ex-ministro admitiu ter cometido erros na condução econômica no governo Dilma Rousseff. Foi nesse período que o país saiu de um período positivo e iniciou-se a crise econômica. Entre os erros cometidos, Mantega citou a estratégia de intervenção no setor elétrico tentada na ocasião para evitar aumentos na conta de luz.
“Não funcionou”, disse Mantega. As ações da Eletrobrás caíram, e você tinha muitos investidores lá. Na verdade, acho que cometemos um erro ali”, afirmou.
PublicidadeMantega negou ainda que esteja elaborando o programa econômico de Lula. Segundo ele, esse programa certamente será resultado das várias alianças políticas que o candidato está procurando costurar.