O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (10) que existe a possibilidade de apoiar a candidatura do atual prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) para governador do estado de Minas Gerais nas eleições deste ano. No entanto, Lula considerou que aguarda o anúncio oficial de que Kalil será, de fato, candidato ao governo para iniciar uma conversa.
“Estou, com todo respeito institucional, esperando para ver se ele é candidato. Ele precisa se afastar da prefeitura e quando se afastar, aí sim eu pretendo conversar e estabelecer uma possibilidade de construir uma aliança política com ele”, disse o petista em entrevista à Rádio Itatiaia.
O PSD, de Gilberto Kassab, tem ensaiado nomes próprios para a disputa eleitoral deste ano. A principal aposta era o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG) que, no entanto, anunciou sua desistência na ultima quarta (9). A decisão foi elogiada por Lula durante a entrevista, que afirmou que Pacheco “fez bem” em focar na reeleição para o parlamento.
O ex-presidente acredita, ainda, que o atual prefeito de BH seria o “mais próximo” a enfrentar o atual governador Romeu Zema (Novo) e que um cenário de aliança em Minas seria favorável com Kalil.
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“Com quem podemos fazer aliança hoje em Minas Gerais? É com o Kalil. É uma figura de projeção, companheiro que está governando bem BH, mais próximo de enfrentar o atual governador, então acho que o PT precisa tentar construir isso. Quando o Kalil estiver livre, vamos iniciar uma conversa. E será a partir do dia 27, quando ele deixará o cargo e ficará livre para disputar, aí nós vamos conversar”, afirmou.
Segundo Lula, a possibilidade de aliança ao invés de lançar uma candidatura própria no estado é para evitar o ocorrido em 2020, quando o Partido dos Trabalhadores lançou Nilmário Miranda para a prefeitura da capital. Na ocasião, o ex-deputado ficou em sexto lugar, com 1,88% dos votos.
Publicidade“Fizemos algo vexatório lançando candidato a prefeito em BH. Era melhor termos construído logo a aliança com o Kalil, e não termos feito o Nilmário passar o sufoco que ele passou”, disse.