A juíza federal Carolina Lebbos proibiu ontem (quinta, 30) a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, de atuar como advogada do ex-presidente Lula, preso desde abril deste ano. Como advogada e integrante do grupo de juristas, Gleisi podia visitar o ex-presidente a qualquer momento na sala da Polícia Federal em Curitiba. Agora, ela poderá fazer visitas, mas enquadrada no grupo de amigos do ex-presidente.
A decisão impede também o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, de integrar o corpo de advogados. O pedido para que os dois deixassem o grupo foi de procuradores de Lava Jato no Ministério Público.
“A fim de não haver dúvidas, registre-se que esta decisão se restringe à impossibilidade de atuação de Gleisi Hoffman e Emídio Pereira de Souza na qualidade de procuradores do executado. Não há aqui vedação à visitação ao detento, desde que observado o regime próprio das visitas sociais”, disse a juíza Carolina Lebbos na decisão.
A senadora reagiu à decisão. “Nem a ditadura militar proibiu advogados de se encontrarem c/ presos políticos que representavam”, escreveu em sua conta no Twitter. “Fui legalmente constituída por Lula como sua advogada p/ atuar na estratégia de defesa junto à Justiça Eleitoral. Tiram do presidente este direito? Se isso não é perseguição é o que???”
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