Após a baixa de cinco aeronaves na frota da ITA Transportes Aéreos, o braço rodovário do grupo Itapemirim também começa a perder coletivos da empresa.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a busca e apreensão de 61 ônibus da Viação Itapemirim por falta de pagamento. O despacho assinado pela juíza Fernanda de Carvalho Queiroz atende a um pedido do Banco Moneo que alegou inadimplência por parte da empresa de Sidnei Piva Júnior, também proprietário da Itapemirim Transportes Aéreos. Cerca de 12 ônibus foram apreendidos no dia 3 de fevereiro.
“O banco autor comprovou estar o devedor em mora, uma vez que cumpriu o determinado no artigo 2o, § 2o do diploma legal retro mencionado”, diz trecho do documento expedido no dia 26 de janeiro. Ainda no mesmo despacho, a juíza faz questão de ressaltar que o processo não corre em sigilo. “A presente ação não se subsume a nenhuma das hipóteses elencadas nos incisos do artigo 189 do Código de Processo Civil. Logo, não há que se falar em segredo de justiça. Retire-se, caso tenha sido posta, a tarja respectiva.
Veja a íntegra do mandando de busca e apreensão:
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A EXM, empresa que administra a recuperação judicial da Viação Itapemirim, questionou a empresa sobre o ocorrido, indagando também quais medidas seriam adotadas para preservação do patrimônio e, em caso de eventual perda dos veículos, qual seria o impacto na continuidade da empresa e no cumprimento do Plano de Recuperação Judicial.
Por email à EXM, à vice-presidente da Viação Itapemirim, Karina Mendonça, informou que “basta uma simples verificação que o custo do processo e o impacto nesta gestão foi gerado em 2008, pela gestão ainda dos COLAS, onde nota-se que o custo x idade média dos veículos não são devidamente compatíveis”, dando-se a entender, dentro do possível, que o financiamento originalmente contratado junto ao Banco Moneo teria sido firmado pela gestão anterior.
PublicidadeO Congresso em Foco entrou em contato com a assessoria de imprensa da Viação Itapemirim às 15H43 desta segunda-feira (7) solicitando uma posição sobre a apreensão dos ônibus. Até o momento, não recebemos resposta. O espaço continua aberto a manifestações.