O jornalista Arnaldo Jabor faleceu na madrugada desta terça (15), aos 81 anos, em São Paulo. De acordo com a família, a morte foi causada complicações em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que ele sofreu em dezembro do ano passado. Desde então Jabor estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
Como cronista político ficou conhecido por comentários polêmicos e de ironias ácidas. Ele foi colunista em alguns dos principais veículos nacionais como O Globo, Estadão e CBM.
Em um dos últimos comentários que fez para a TV Globo, em janeiro de 2020, o jornalista Arnaldo Jabor critica ministros do governo Bolsonaro e ironiza declarações sobre terraplanismo, evolucionismo e relações entre o rock e o satanismo.
Relembre:
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Produção audiovisual: Tiago Rodrigues
“Temos um belo planeta plano, sem aporrinhações de rotação e translação ao redor do sol. Sosseguemos irmãos, porque o grave perigo do rock já foi detectado pelo mantovânia da Funarte, que descobriu o rock leva ao sexo, às drogas e ao aborto, deixando-nos nas mãos de satã. Sem falar de outras descobertas como fez Rafael Nogueira na Biblioteca Nacional que nos alertou que Caetano Veloso é um dos responsáveis pelo analfabetismo do país. Este país, abençoado por Deus que teve até uma escravidão benéfica”, ironizou em um dos trechos.
Além de jornalista, Jabor atuou como cineasta. O primeiro longa dele foi o documentário “Opinião Pública”, lançado em 1967. Três anos depois, em 1970 ele estreou com “Pindorama” e em 1986 dirigiu o filme “Eu sei que vou te amar” (1986), indicado para o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes.
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