Depois de tentativas frustradas de fechar alianças com o PR e o PRP, o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) pode ser obrigado a escolher um vice do próprio partido (provavelmente Janaína Paschoal, a autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff).
Com isso, ficará com apenas oito segundos de tempo nos programas eleitorais da televisão aberta, que começam em 31 de outubro.
Para aumentar o espaço na TV, tido como determinante para o sucesso na eleição, a campanha do militar planeja usar recursos de direito de resposta e, assim, avançar sobre o tempo de outros partidos e coligações. Também é planejado o uso de vídeos na internet.
Uma decisão sobre eventual coligação terá que ser tomada até este domingo (22), quando acontece a convenção nacional do PSL.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estado de S. Paulo, a aliança com Bolsonaro é tida como “de alto risco” pelos demais partidos, o que provoca o isolamento do pré-candidato.
O problema é a postura intempestiva e polêmica do militar, que pode contaminar as demais candidaturas. Além disso, o sistema partidário avalia que Bolsonaro tem poucas chances de ganhar o segundo turno das eleições.
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Nos últimos dois dias, Bolsonaro foi negado pelo PR do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP) e do senador Magno Malta (ES), e pelo PRP do coronel da reserva Augusto Heleno Ribeiro. A intenção do PSL era que Malta ou Heleno Ribeiro fossem vice na chapa.