O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, aponta que a inflação alcançou 4,83% em 2024. Divulgado nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice também revela uma alta de 0,52% nos preços durante o mês de dezembro.
Com exceção do setor de Habitação, que apresentou uma queda de -0,56%, os demais setores tiveram alta em dezembro. Alimentos e bebidas foram os que apresentaram maior variação (1,18%) e impacto (0,25%), seguido de Transportes, com alta de 0,67% e impacto de 0,14%. Já o grupo Vestuário (1,14%) teve a segunda maior variação em dezembro, após recuar 0,12% em novembro.
O setor de Transportes teve uma alta de 0,67%, puxada pelo aumento nos preços de transporte por aplicativo (20,70%) e das passagens aéreas (4,54%). No caso dos combustíveis houve um aumento de 0,70%, com as variações de 1,92% no etanol, 0,97% no óleo diesel, 0,54% na gasolina e 0,49% no gás veicular.
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Entre os serviços na categoria de Habitação, a energia elétrica residencial recuou 3,19%, influenciada pelo retorno em dezembro da bandeira tarifária verde, sem cobrança a mais nas contas de luz e , em novembro, quando estava em vigor a bandeira amarela, que acrescentava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
A taxa de água e esgoto (0,70%), por sua vez, foi influenciada pelo reajuste de 9,83% no Rio de Janeiro que entrou em vigor em dezembro. Em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária amarela, que acrescentava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em Rio Branco (-4,33%), houve reajuste nas tarifas de -4,50%, a partir de 13 de dezembro.
A alta do IPCA em 2024 ficou acima do teto da meta da inflação determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%. A meta seria considerada formalmente cumprida caso ficasse entre 1,5% e 4,5%.
INPC
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em dezembro, 0,15% acima do resultado de novembro (0,33%). Em dezembro de 2023, a taxa foi de 0,55%. Os produtos alimentícios desaceleraram de novembro (1,62%) para dezembro (1,12%). A variação dos não alimentícios passou de -0,08% em novembro para 0,27% em dezembro. O indicador mede a inflação de famílias que ganham até cinco salários mínimos.
A nível regional, Salvador teve a maior variação, 0,84%, puxada pelo aumento das carnes (6,87%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte, 0,22%, devido à queda no preço da batata inglesa (-26,29%).
O INPC fechou o ano de 2024 em 4,77%, 1,06 ponto percentual acima do ano de 2023, quando o indicador foi de 3,71%. Os produtos alimentícios registraram alta de 7,60%, enquanto os não alimentícios variaram 3,88%.
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