Ontem (25), a Rede Globo realizou debate entre os candidatos aos governos estaduais. No Distrito Federal, o debate que seria realizado entre os dois candidatos que disputam o segundo turno, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Ibaneis Rocha (MDB), acabou virando uma entrevista com o atual governador Rollemberg.
Segundo o jornalista Antônio de Castro, a assessoria de Ibaneis participou das reuniões preparatórias, assinou um documento concordando com todas as regras e se comprometeu a comparecer ao debate. Porém, na tarde de ontem o candidato mudou de ideia e desistiu de comparecer.
De acordo com as regras da emissora, após confirmar presença, se um dos participantes faltasse o encontro, quebrando o compromisso assumido, o adversário poderia ser entrevistado por 20 minutos.
No caso do debate entre os presidenciáveis, previsto para hoje (26) à noite, a Rede Globo decidiu cancelar o encontro, porque a assessoria do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que disputa o segundo turno contra Fernando Haddad (PT) informou que ele não estará presente.
A cadeira do Ibaneis permaneceu vazia durante o programa e Rollemberg lamentou sua ausência. “Ele é um homem público, ele tem que se expor, tem que se apresentar, tem que se colocar para o julgamento do público. Eu participei de todo o primeiro turno, aqui mesmo, de debate com sete candidatos”, disse.
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O jornalista começou questionando o que ele gostaria de perguntar a seu oponente, caso ele estivesse presente. Rollemeberg disse que Ibaneis está sendo acusado de compra de voto e abuso de poder econômico e “deverá ser cassado” na eventualidade de ganhar a eleição. “Eu gostaria de perguntar ao candidato a preocupação dele com essa instabilidade em função de uma provável cassação de mandato”, questionou.
De acordo com o Datafolha, divulgado ontem, Ibaneis aparece com 74% dos votos válidos, contra 26% do candidato do PSB.
Finanças
Na entrevista, Rollemberg comentou as contas do DF. “Quando nós assumimos o governo, nós tínhamos um débito assumido pelo Tribunal de Contas no DF de R$ 3,1 bilhões, além de um buraco no orçamento de R$ 3,5 bilhões. E nós acabamos com a pedalada. Foi o primeiro governo a acabar com a pedalada”, disse.
“Estamos com as contas arrumadas, estamos pagando todas as contas em dia, pagando os fornecedores em dia e pagamos, praticamente, toda a dívida do governo passado”, continuou.
O atual governador também comentou as obras do DF. Segundo ele, a demora nas obras do viaduto do Eixão Sul, que desabou em fevereiro deste ano, é normal. No caso de Vicente Pires, Rollemberg disse que as obras estão causando transtornos para a população local, mas que a qualidade de vida na região vai melhorar.
Sobre saúde, o candidato à reeleição disse que já foram realizadas reformas nos hospitais de Sobradinho e Plananltina. No caso da Ceilândia, Rollemberg admitiu que o hospital recebe muita gente e não suporta a demanda. “Precisamos sim de um novo hospital. Temos experiência em fazer hospitais, porque, apesar de toda dificuldade econômica, construímos um novo hospital, o da Criança. Portanto, esses dois hospitais são importantes, mas é importante também fazer a reforma, como estamos fazendo aos poucos”, disse.