A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), lamentou a falta de adesão de partidos derrotados no primeiro turno da eleição presidencial à candidatura de Fernando Haddad. Em sua conta no Twitter, Gleisi respondeu o ex-governador Cid Gomes (PDT), senador eleito, que cobrou mea culpa do PT e disse que o partido merecer “perder feio” a eleição.
Eleita deputada federal no último dia 7, a petista disse que esperava que a adesão a Haddad fosse natural em razão do que seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), representa para a democracia brasileira. De acordo com ela, o PT apoiaria qualquer candidato que concorresse com Bolsonaro no segundo turno.
“Se o PT não estivesse no segundo turno, apoiaria o adversário do deputado Bolsonaro, porque ele não vai promover a democracia no país. Esperávamos que isso fosse um movimento natural e estou vendo que não é. Adiante, a história avaliará a todos nós”, afirmou. “Nós fizemos uma disputa eleitoral e política legítima. Articulamos a favor de nossa candidatura, dentro das regras do jogo. Estamos no segundo turno por mérito, por votos conquistados”, ressaltou.
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Frustração
O PT pretendia criar uma frente democrática neste segundo turno, mas só teve o apoio explícito do PSB. O PDT, de Ciro e Cid Gomes, declarou que apoia a candidatura de Haddad, mas de maneira crítica. O pedetista, que ficou na terceira colocação no primeiro turno, viajou para a Europa e não se engajou na campanha do petista.
PublicidadePesquisa Ibope divulgada na noite dessa segunda-feira (15) indica que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos contra 41% de Haddad. A margem de erro é de dois percentuais para mais ou para menos.
Em evento do PT de apoio à candidatura de Fernando Haddad, em Fortaleza, na noite dessa segunda, Cid cobrou uma autocrítica do PT e disse que o partido perderá “feio” o segundo turno presidencial por não admitir que fez muita “besteira”. O ex-governador cearense foi vaiado por militantes petistas, chamados por ele de “babacas. “É por isso que vocês vão perder”. Ele também responsabilizou o PT pelo crescimento de Jair Bolsonaro (PSL).
Presente ao ato, o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), tentou acalmar a militância. Ele disse que Cid tinha razão em parte de suas críticas, mas que o momento não era de discutir o PT.
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