Ex-ministro do Turismo na gestão Jair Bolsonaro e candidato a prefeito de Recife, Gilson Machado (PL) deixou de declarar R$ 3 milhões em gado à Justiça Eleitoral nestas eleições municipais. A informação é do portal Vero Notícias.
Conforme levantamento da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins, feito em setembro deste ano, Gilson Machado é dono de 1.187 bois na Fazenda Santa Maria, localizada em Palmeirante (TO). Em estimativa feita pela reportagem do Vero Notícias, o valor do gado pode chegar a R$ 3,2 milhões, tendo em vista o cálculo da arroba do boi e o peso médio do animal.
Também conhecido por ser sanfoneiro, o empresário declarou a propriedade no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avaliada em R$ 817 mil, mas não declarou o valor do gado. Há menção a “bovino e bufalino” na categoria “outros bens e direitos”, no entanto sem estimativa do valor do patrimônio. De acordo com o TSE, os candidatos devem declarar todos os bens que possuem.
Ao todo, o ex-ministro declarou R$ 3.354.263,29. Nas eleições de 2022, quando foi candidato a senador, Machado declarou ao TSE R$ 1.729.307,27 em patrimônio.
Em nota divulgada no Blog Dantas Barreto, a assessoria de Gilson Machado afirmou que a empresa de criação de bovinos está com a “inscrição baixada desde 2017”. Segundo a campanha, as “informações pertinentes” estão corretamente informadas ao TSE.
PublicidadeVeja a íntegra da nota:
“Sobre as declarações de bens do candidato Gilson Machado à Prefeitura do Recife, gostaríamos de esclarecer que as informações referentes à sua empresa de criação de bovinos para corte e à Fazenda Santa Maria estão devidamente declaradas junto à Justiça Eleitoral.
A Fazenda Santa Maria, onde estão localizadas 1.187 cabeças de gado, está registrada na folha 4 da declaração de bens como uma gleba de terra rural. A movimentação da atividade e os detalhes relevantes sobre a propriedade também estão discriminados na folha 10 da mesma declaração.
Adicionalmente, a empresa de criação de bovinos, mencionada, está com sua inscrição estadual baixada desde 2017. A prática de manutenção de inscrições de empresas não ativas é comum e não altera a transparência das informações financeiras do candidato. Portanto, todas as informações pertinentes estão corretamente informadas”.