A professora de Direito Luciana Temer divulgou um vídeo na manhã deste sábado (29) no qual reafirma seu voto no ex-presidente Lula, apesar de ele ter chamado seu pai, o ex-presidente Michel Temer, de “golpista” durante debate da TV Globo nessa sexta-feira (28). Militante de direitos humanos, a advogada disse que seu voto não é uma defesa do petista, mas de um “modelo de sociedade”, que em tudo se opõe ao que preconiza o presidente Jair Bolsonaro.
Luciana abriu o vídeo, destacando o amor e a admiração que nutre pelo pai. “Muita gente me perguntando aqui se vou continuar a defender um homem que chamou meu pai, Michel Temer, de golpista em rede nacional. Quem me conhece sabe o quanto amo e admiro esse meu pai. Mas deixa eu explicar uma coisa para quem não entendeu. Não defendo um homem, defendo um modelo de país, um modelo de sociedade, que não é possível definitivamente com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas e tem falas e atitudes racistas, machistas e homofóbicas”, afirmou.
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“Não é este, definitivamente, o país que quero deixar para meus filhos e netos. Aliás, não é um país que quero para mim hoje. Por isso, voto 13. Não é uma defesa do Lula. É a defesa de um modelo de sociedade”, acrescentou Luciana Temer, que foi secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social na gestão de Fernando Haddad, em São Paulo.
Durante o debate da Globo, Lula afirmou que Bolsonaro herdou o governo de um golpista. “Eu vou contar uma coisa: ele se esquece que ele herdou a Presidência do Brasil de um golpista, que foi dado o golpe junto com ele. Não foi da presidenta Dilma. Ele recebeu o governo de um golpista chamado Michel Temer, do qual ele ajudou a derrubar a Dilma.”
Após o debate, Michel Temer chamou Lula de “descompensado” pela declaração.
“Estou recebendo muitas mensagens aqui de gente que dizia que iria votar nele e não vai mais votar por causa disso. Muita gente do MDB está me mandando mensagem dizendo isso. Mas, coitado, não posso culpar ele. Às vezes, a pessoa está em um debate e diz coisas assim”, disse o ex-presidente emedebista ao Globo.