O ex-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF) Fernando Honorato é um dos presos na Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira (27) pela Polícia Federal. Além de Honorato, foram presas mais seis pessoas. E o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi alvo de busca e a apreensão.
Honorato era já uma das lideranças ligadas à Polícia Federal que vinha sendo investigada. Hoje policial aposentado, ele presidiu o Sindipol-DF de 1995 a 2004. Dois vídeos que foram obtidos pelo Congresso em Foco mostram Honorato dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) no momento em que o prédio era depredado. Honorato saúda o “povo” que transformava o STF em “lixo”.
Veja aqui a matéria com os vídeos do policial federal no 8 de janeiro
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Embora já esteja aposentado, Honorato ainda tem liderança na corporação. E sua participação nos atos é considerada como uma das evidências da força da infiltração bolsonarista no meio policial.
Depois da publicação dos vídeos pelo Congresso em Foco no dia 12 de janeiro, dois dias depois Honorato entrou em contato com o site para tentar se defender. Embora as imagens claramente o mostrem de camisa da seleção e com uma bandeira do Brasil amarrada às costas, ele disse que estava em um shopping de Brasília e pensava em “ir ao cinema”. Quando viu passaram viaturas da Polícia Militar. Segundo a sua versão, ficou curioso e seguiu-as até a Esplanada dos Ministérios. Disse que estava ali, então, somente para “registrar a quebradeira”.
Veja aqui as respostas dadas por Honorato
PublicidadeO mandado de prisão de Honorato foi expedido para o Distrito Federal, onde ele vive. Mas ele foi alcançado em Goiás. Além de Honorato, duas pessoas foram presas em Minas Gerais, uma no Paraná, uma no Espírito Santo e uma em Santa Catarina. Essa última é Fátima Mendonça Jacinto Souza, a quem os bolsonaristas chamavam de “Vovó Fátima”. Longe de ser de fato uma inocente e simpática velhinha, Fátima já foi presa por tráfico de drogas e responde processo por estelionato e falsificação de documentos.
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