Daiane Dias, ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes em novembro, morreu nesta terça-feira (3) aos 41 anos. Ela estava internada há duas semanas no Hospital Santa Tereza, em Lages (SC), após atear fogo na casa de Francisco, mais conhecido como Tiü França. Na ocasião, o corpo de Daiane teve queimaduras de 1º, 2º e 3º grau em 100% do corpo.
Um dia após a morte de Francisco, Daiane disse em entrevista que ele “não queria matar gente”, somente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Ele falou que mataria ele [ministro] e se mataria”, complementou a ex-esposa
Na mesma semana da morte de Tiü França, Daiane ateou fogo a uma casa que pertencia a ele, no dia 17 de novembro. O imóvel ficava em Rio do Sul, Santa Catarina. Ela continuou na residência após as chamas se espalharem, o que culminou nas queimaduras no corpo. O caso é investigado pela Polícia Civil do Estado, que aponta o incêndio como tentativa de suicídio. As autoridades também suspeitam que a vítima sofria de distúrbios psicológicos.
Explosões na Câmara e no STF
Na noite de 13 de novembro, duas explosões foram feitas na frente do STF. O autor, Tiü França, tinha objetivo de atentar contra os ministros da Corte e explodir a estátua da Justiça. Antes, efetuou também uma explosão no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Quando os seguranças se aproximaram de Tiü França, ele se deitou no chão, acendeu um explosivo embaixo da própria cabeça, e morreu após a última explosão.
Nos últimos quatro meses, Francisco morava em uma casa alugada em Ceilândia, no Distrito Federal, a cerca de 30 km da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Além da casa, ele alugou um trailer, que estava estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para a venda de alimentos.
Em entrevista coletiva na semana do atentado, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, informou que as equipes da PF encontraram muitos explosivos na casa, inclusive em uma gaveta aberta por um robô antibombas que gerou uma explosão “gravíssima”.