Ao menos 16 governadores já anunciaram correção na folha de pagamento dos servidores públicos. Destes, nove concederam reajuste para todas as categorias e sete, contemplaram classes separadas. A medida vem impulsionada pelo aumento de receitas e impostos nos estados e os governadores correm contra o tempo para assegurar o esse aumento. Por se tratar de ano eleitoral, o prazo para a cessão de reajuste termina em abril.
Entre as federações que decidiram reajustar o vencimento das carreiras estaduais estão Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.
A correção entra em vigor nos próximos meses, quando chegar ao fim o prazo das recomposições salariais e aumentos reais determinados pelo socorro federal na pandemia.
Enquanto isso, outros cinco estados – Amazônia, Paraíba,Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina – tentaram reduzir o impacto fiscal concedendo reajuste que variam entre 3% a 35%.
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Além dos recursos que foram repassados aos estados para combate à pandemia, a inflação impactou positivamente a arrecadação dos estados, particularmente no ICMS.
Pressão sobre o governo
Os reajustes para os servidores públicos estaduais aumentam a pressão sob o governo de Jair Bolsonaro. Em dezembro, o presidente fez um acordo com a equipe econômica para que fosse incluído no Orçamento de 2022 R$ 1,7 bilhão para reajustar o salário de policiais.
PublicidadeA decisão gerou mal estar em outras classes, que hoje, ameaçam greve para obterem a correção. Os sindicatos reivindicam um reajuste salarial relativo à correção da inflação acumulada desde janeiro de 2017, período em que estão congelados os seus pagamentos.
Fora a correção da folha pagamento, os federativos pedem o arquivamento da PEC 32, da reforma administrativa, que altera as regras do funcionalismo público e a revogação da Emenda Constitucional 95, que impõe limite aos gastos com saúde, educação, construção de rodovias, além da manutenção da máquina pública.