Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (24) pela Folha de S.Paulo mostra que, com 53% dos votos válidos, Lula (PT) venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Mesmo que esse cenário não se concretize, ele é o grande favorito a vencer no segundo turno, de acordo com o instituto. O ex-presidente venceria Jair Bolsonaro (PL) em um eventual confronto direto por 57% a 34%, índices semelhantes aos registrados na pesquisa anterior, feita nos dias 25 e 26 de maio.
Em uma hipotética disputa com Ciro Gomes (PDT), Lula venceria por 53% a 31% (eram 55% a 29% em maio). O pedetista também derrotaria Bolsonaro: 51% a 37% (52% a 26% na rodada passada). Na simulação do primeiro turno, Ciro é o terceiro colocado com 10% dos votos válidos. O Datafolha ouviu 2.556 pessoas nos dias 22 e 23 de junho.
Rejeição de Bolsonaro
Segundo a pesquisa, o presidente Jair Bolsonaro tem a pior avaliação a essa altura do mandato desde a redemocratização do país. Segundo o instituto, a gestão de Bolsonaro é rejeitada por 47% dos brasileiros. Eram 48% na rodada anterior, feita entre 25 e 26 de maio. O percentual dos que consideram o governo regular oscilou de 27% para 26% no período, enquanto o índice dos que consideram o governo ótimo ou bom variou de 25% para 26%.
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A rejeição à administração acompanha aquela registrada pelo pré-candidato à reeleição: 55% dizem que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro. O principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Lula, tem menor rejeição: 35% dos brasileiros afirmam que não votariam no petista de forma alguma.
Bolsonaro é mais rejeitado por desempregados (66% nunca votariam nele), pretos (63%), nordestinos (62%), estudantes (62%), mulheres (61%), católicos (61%), jovens (60%) e os mais pobres (60%).
PublicidadeSegundo o Datafolha, os grupos mais refratários ao petista são os empresários (61%), os mais ricos (57% entre quem ganha de cinco a dez mínimos e 52% entre quem tem renda acima de dez salários mínimos), pessoas com nível superior (46%), evangélicos (46%), espíritas (46%), moradores do Centro-Oeste (43%) e homens (41%).