Cotado para assumir o Ministério da Economia, Fernando Haddad (PT) discursou nesta sexta-feira (25) em um evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. Segundo o ex-prefeito de São Paulo, a reforma tributária será uma prioridade para o terceiro mandato do presidente eleito Lula (PT).
“Me parece que o presidente Lula vai dar prioridade no ano que vem à aprovação dessa primeira etapa da reforma tributária, que diz respeito a alguns tributos. Mas, na sequência, pretende encaminhar uma proposta de reformulação de impostos sobre renda e patrimônio para completar o círculo de reforma dos tributos no Brasil”, disse.
Segundo Haddad, Lula tentou aprovar uma reforma tributária durante sua gestão, sem sucesso. Na avaliação dos petistas, a medida “amadureceu” e está na hora de aproveitar o momento para aprová-la.
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Haddad citou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2019, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em 2019 e aguarda a apreciação do plenário da Casa e do Senado Federal.
“O compromisso do presidente com a agenda de realizar em 2023 a reforma tributária conta com o apoio da sociedade, inclusive do setor bancário, para que a gente tenha êxito no ano que vem. Uma reforma que é essencial e estrutural”, destacou o petista.
Haddad foi o ministro da Educação entre 2005 e 2012, atuando a partir da segunda metade do primeiro mandato de Lula até a primeira metade do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Haddad competiu para o governo de São Paulo nas eleições deste ano, mas foi derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno.
O ex-ministro é cogitado para assumir o Ministério da Economia. A participação de Haddad no evento de hoje foi um “teste” para ver como o mercado reagiria a uma possível indicação, além de representar o presidente eleito que se recupera de uma cirurgia na garganta.