Em 2005, o historiador norte-americano Robert Proctor cunhou o termo Agnotologia. O termo refere-se ao estudo da produção deliberada da ignorância. A forma como, por razões escusas, com o propósito de obter vantagens, ou de forma não intencional, se produz e se dissemina a desinformação, ampliando a ignorância e ferindo de morte a ciência e os conceitos comprovados a respeito das coisas.
Certamente, o novo mundo da internet e das redes sociais ampliou de maneira multiplicadora a capacidade de produção dessa fábrica de ignorância. Mas ela já existia antes disso. No livro que produziu a respeito dessa nova linha de estudo, “Agnotologia: a construção e a desconstrução da ignorância”, Roberto Proctor observa que um dos principais exemplos dessa fábrica de desinformação ocorreu na década de 1970, com as empresas que fabricavam cigarros.
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