O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro vai pedir à polícia o compartilhamento de provas obtidas contra o vereador Gabriel Monteiro (PL) para dar seguimento ao processo que pede a cassação do parlamentar. A comissão ouvirá ainda as testemunhas convocadas pelos investigadores.
Gabriel Monteiro enfrenta processo de cassação após cenas reveladas pelo programa Fantástico, da TV Globo, apontarem supostas tentativas de exposição e manipulação de crianças e pessoas em vulnerabilidade em vídeos gravados para suas redes sociais. O vereador também é apontado por assédio moral contra ex-assessores, além de assédio, abuso sexual e estupro. A defesa do vereador nega as acusações.
Entre as testemunhas a serem convocadas pela comissão, estão assessores atuais e antigos do gabinete de Monteiro, um policial que aparece empurrando um morador de rua em um dos vídeos e a mãe da menor de idade que aparece sendo beijada no pescoço pelo parlamentar. As sessões da Câmara Legislativa sobre o caso serão sigilosas, permitindo acesso somente a parlamentares e advogados.
Monteiro tem até 9 de maio para apresentar sua defesa com provas e testemunhas no processo. Uma vez que a defesa for apresentada, o Conselho de Ética tem o prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 15, para ouvir mais testemunhas e reunir documentos. O relator tem outros cinco dias para apresentar o relatório com seu parecer. O processo de cassação pode durar, ao todo, 90 dias, e a decisão final será votada no plenário, em sessão aberta. A cassação do mandato será decidida se 31 dos 51 vereadores da casa votarem a favor. Caso seja decidida somente a suspensão do mandato, a votação será decidida em maioria absoluta.
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