O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista ao jornal O Globo deste domingo (25), que errou ao ter votado em Jair Bolsonaro, mas que não tornará a errar. O tucano disse ainda que faltou coordenação nacional no enfrentamento à pandemia e chegou a dizer que “o Brasil não tem um líder, tem um psicopata.”
“O Brasil é um oceano de fracassos: na saúde, na ciência, no meio ambiente, na educação, na proteção aos mais pobres. Vai demorar para recuperar o Brasil depois de Bolsonaro”, disparou.
Doria falou também sobre criar uma candidatura de centro que consiga enfrentar Lula e Bolsonaro em 2022. O tucano vem enfrentando resistências no PSDB. Neste fim de semana, o senador Tasso Jereissati (CE) admitiu participar de prévias do partido para a escolha de candidato à presidência.
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Além de Tassso e Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também é um nome cotado pelos correligionários.
Sobre a CPI da Covid, que será instalada na próxima terça-feira (27) no Senado, Dória afirmou que o Congresso “tem de cumprir seu papel, de forma célere e independente, preservando o caráter científico daquilo que representa uma investigação. Por que o Brasil não comprou as vacinas? Por que não comprou a vacina do Butantan em outubro?”
Doria teve protagonismo durante a pandemia em virtude do sucesso da vacina do Butantan. Bolsonaro chegou a dizer que não compraria o imunizante. O discurso xenófobo do governo, colocando em dúvida o potencial da vacina por ser da China, tentou maquiar a disputa política com o tucano, que até pouco tempo era o principal nome do PSDB para 2022.
Apesar disso, na entrevista ao O Globo, Doria disse que “a vacina não é um ativo eleitoral”. Mas reconhece que pode ser tornar caso seu nome seja escolhido para a corrida presidencial.