Em 2021, o Brasil registrou 300 ocorrências de mortes violentas de pessoas LGBT+, um aumento de 8% em relação a 2020. Com um total de 276 homicídios e 24 suicídios, o país teve uma morte a cada 29 horas.
O relatório elaborado pelo Grupo Gay da Bahia aponta que 35% dos casos foram registrados na região Nordeste, seguida do Sudeste com 33%. O estado de São Paulo teve o maior número de mortes, totalizando 42. Bahia (32) e Minas Gerais (27) fecham o triste pódio. Roraima foi o único estado que não registrou nenhum tipo de ocorrência.
Confira a íntegra do relatório produzido pelo Grupo Gay da Bahia
O maior número de casos ocorreu com homens homossexuais, com 153 ocorrências (51%). Em seguida, as travestis e transexuais com 110 casos (36,67%), lésbicas com 12 casos (4%), bissexuais e homens trans 4 casos (1,33%), uma ocorrência de pessoa não binária e um heterossexual, este último confundido com um gay.
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Os dados foram baseados em notícias publicadas nos meios de comunicação. Pelo levantamento do relatório, apenas 95 dos assassinos foram identificados nos noticiários. “O descaso da polícia e desleixo dos jornalistas em registrar com precisão as informações básicas indispensáveis para identificação dos LGBT assassinados, é um aspecto da homotransfobia cultural que macula nossa sociedade, além de dificultar uma análise mais profunda e completa dessas mortes violentas”, afirma o professor Domingos Oliveira, responsável pela coleta e sistematização dos dados da pesquisa.
Para Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+ e colunista no Congresso em Foco, “os requintes de crueldade como muitos dessas execuções foram cometidas, demonstra o ódio extremo dos criminosos, que não contentes em matar, desfiguram a vítima lavando no sangue derramado sua homofobia assassina”.
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