Mais de um ano após dizer que houve fraude nas eleições de 2018 e sem apresentar provas, Jair Bolsonaro prometeu mostrar evidências de inconsistências no pleito nesta quinta-feira (29) durante uma live semanal. O presidente disse ainda que “um hacker do bem” mostrou a ele que as eleições de 2014 também teriam sido fraudadas.
“Nós vamos demonstrar na quinta-feira (29). A gente vai convidar a imprensa, vamos decidir o horário ainda, para demonstrar o que aconteceu no segundo turno de 2014, e também parte do que aconteceu em 2018. Que dá para você ter mais que o sentimento, a convicção que houve, sim, interferência, em 2014, e houve, sim, interferência em 2018″, disse em entrevista a uma afiliada da Rádio Jovem Pan na semana passada.
Bolsonaro intensificou os ataques ao sistema eleitoral, à urna eletrônica, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao ministro Luís Roberto Barroso, após ver o apoio à PEC do voto impresso diminuir no Congresso. Em resposta às investidas do presidente, o TSE tem reforçado publicamente a segurança do sistema que completou 25 anos em 2021:
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A urna eletrônica possui diversas barreiras que garantem a integridade do voto e segurança do processo eleitoral 🔒 Entre elas, a lacração dos sistemas e os lacres físicos das urnas. Venha conhecer! pic.twitter.com/vOJVI4DWJi
Publicidade— TSE (@TSEjusbr) July 27, 2021
“Não há dúvida de que o sistema eleitoral brasileiro é seguro, transparente e auditável antes, durante e depois da votação. Diversos agentes externos e independentes – como partidos políticos, Forças Armadas, Ministério Público, Polícia Federal – podem conferir e testar a segurança e a integridade do sistema de votação”, diz o Tribunal.
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