Em evento público na tarde desta quinta-feira (11), o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) admitiu que pode faltar aos próximos debates por uma questão “estratégica”. O deputado presidenciável, apesar de alegar ter sido impedido pelos médicos de fazer campanha e participar de debates, discursou por cerca de 25 minutos em evento no Rio de Janeiro, informa o portal G1. O discurso no Rio foi o primeiro ato público desde que sofreu um atentado a faca, em 6 de setembro.
“Existe a possibilidade sim, por estratégia”, disse o deputado durante o discurso. Bolsonaro e seu adversário no segundo turno, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), deveriam participar de debate amanhã (sexta, 12), na TV Bandeirantes, que foi cancelado. A emissora remarcou o embate para o dia 19 de outubro. Estão previstos seis debates até o fim da campanha.
Médicos não autorizam Bolsonaro a participar de debates; Haddad ironiza
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No fim da manhã de ontem (quarta, 10), o cirurgião Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique examinaram Bolsonaro em sua casa, na Barra da Tijuca (RJ) e avaliaram que o candidato ainda está “fraco” e precisa recuperar peso e vitaminas. Uma nova avaliação deve ser feita na semana que vem, a 10 dias do segundo turno.
Sem ir aos confrontos diretos com adversários, Bolsonaro deu entrevistas a duas emissoras de televisão – Band e Record – enquanto ainda estava internado e assim que foi liberado para voltar para casa.
Haddad, por sua vez, tem cobrado a presença do adversário nos debates. Hoje, em sua conta no Twitter, o ex-prefeito postou um vídeo de dez segundos chamando Bolsonaro para debater. “Deputado Bolsonaro, vem contar para o povo brasileiro o que você fez durante 28 anos no Congresso Nacional. Vem pro debate”, disse.
Hoje, durante o discurso no Rio, Bolsonaro disse que “responderia para ele [Haddad]: ‘Não roubei ninguém, Haddad’”.
Ontem (quarta, 10), o ex-prefeito afirmou que debateria “com assistência médica, enfermaria, em qualquer ambiente” com o adversário. “Meu adversário falou que não quer se estressar, eu não vou estressar ele. Falarei da forma mais calma possível. Nem olho para ele se ele ficar com receio. Faço o que ele quiser para ele falar o que pensa e debater o país. Com assistência médica, enfermaria, em qualquer ambiente”, provocou.