O deputado federal de Pernambuco e presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, será lançado como pré-candidato do partido à Presidência da República. A informação foi anunciada nesta terça-feira (12) pelo líder do partido na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (BA). “O nome dele é irrevogável. Só se ele desistir lá na frente é que não teremos o nome dele”, afirmou.
O União Brasil – resultado da fusão do DEM e do PSL – é o partido com maior fundo eleitoral na disputa deste ano, com orçamento na ordem R$ 770 milhões. A legenda também possui um dos maiores tempos de TV para propaganda partidária. O partido está negociando com o PSDB, MDB e Cidadania uma candidatura única à Presidência da República, cujo projeto deve ser anunciado no dia 18 de maio.
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Dirigentes do União Brasil afirmaram ao Congresso em Foco que a legenda, mesmo escolhendo um pré-candidato à Presidência, pode liberar os diretórios estaduais a apoiarem outros candidatos. Essa estratégia é para não prejudicar os palanques locais com a polarização das candidaturas Lula (PT) e Bolsonaro (PL), como o caso da Bahia, com ACM Neto, e de Goiás, com Ronaldo Caiado. No partido, há resistência ao nome do ex-governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato do PSDB, e ao recém-filiado, o ex-ministro Sérgio Moro, que deixou o Podemos e continua insistindo em manter seu projeto presidencial.
A pré-candidatura de Bivar pode colocar, de uma vez por todas, o fim na pretensão presidencial do ex-ministro Sérgio Moro. “[Moro] É um grande quadro, que engrandece o partido, mas neste momento entendemos que o nome que unifica, está pronto para cumprir a missão, unifica o parlamento, sabe como isso funciona, é o Luciano Bivar. O melhor nome para nos representar”, disse Elmar.
A escolha de Bivar foi deliberada pela bancada nesta terça-feira (12) e os parlamentares esperam que seja ratificada pela direção da legenda ainda nesta quinta-feira (14). Luciano Bivar já foi candidato à Presidência da República em 2006. Na época, sua campanha foi pautada pela proposta do imposto único. A candidatura teve pouca aderência e ele ficou na 7ª posição, com 0,06% dos votos.