Após desistir de um projeto de terceira via com o PSDB, o MDB e o Cidadania, o União Brasil planeja oficializar um nome de chapa puro-sangue para concorrer à Presidência da República em 31 de maio. O partido fará uma cerimônia aberta em Brasília, às 17h do próximo dia 31. A chapa será encabeçada pelo presidente do partido, Luciano Bivar e, apesar das negociações pelo nome do ex-ministro Sergio Moro terem sido costuradas, interlocutores da sigla afirmam que ele deve ficar de fora.
O futuro de Moro, no entanto, continua sem definição oficial. Mas, integrantes do partido avaliam que o ex-juiz seja melhor “aproveitado” concorrendo à Câmara dos Deputados por São Paulo. O ex-juiz, porém, resiste a concorrer ao mandato de deputado. Sem o projeto presidencial, reivindica concorrer ao Senado por São Paulo. Mas o plano ainda enfrenta resistência interna. Em 4 de maio, o presidente do União Brasil, sigla que surgiu da fusão entre o DEM e o PSL, anunciou que o partido vai compor uma chapa para as eleições de outubro sem os integrantes da chamada da terceira via.
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“Esperamos até o último momento para fazer uma coligação com outros partidos. Entretanto, os outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil. Em função disso, não restou a nós uma única alternativa do que sairmos com uma chapa pura”, disse Bivar em vídeo divulgado na época do anúncio.
Inicialmente, o União Brasil discutia com PSDB e MDB a possibilidade de se unirem em torno de um só nome para tentar romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o partido alegou que um dos pontos fundamentais para abandonar o grupo eram os conflitos internos do PSDB e do MDB.
Conversas sobre vice
As negociações sobre quem vai compor uma chapa com Luciano Bivar ainda não chegaram em um nome oficial. A expectativa é de que o presidente da União escolha uma mulher para assumir a vice-liderança da chapa.
PublicidadeUma possibilidade é a escolha do nome da senadora Soraya Thronicke, de Mato Grosso do Sul.
Eleita na onda bolsonarista em 2018 pelo PSL, a senadora e advogada ganhou visibilidade na CPI da Covid. A comissão apurou as ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro e a destinação de verbas da União para estados e municípios na pandemia. O mandato de Soraya vai até 2027 no Senado.