O Banco Central do Brasil (BC) divulgou, nesta sexta-feira (21), o segundo vazamento de dados pessoais de usuários do PIX, sistema de pagamento instantâneo implementado em novembro de 2020. O incidente de segurança afetou os dados cadastrais vinculados a 160.147 chaves PIX da Acesso Soluções de Pagamento.
Segundo o BC, o vazamento ocorreu entre os dias três e cinco de dezembro de 2021 e afetou 159.603 pessoas físicas. O número é menor que o de chaves pois é possível ter mais de uma chave PIX registrada por pessoa. Ao Congresso em Foco, o Banco Central afirmou ser o “quantitativo máximo e apurado de forma conservadora”, uma vez que consultas às chaves de boa-fé podem ter sido contabilizadas, por exemplo, usuários que desistiram de efetuar o pagamento/transferência ou perceberam ter digitado um número errado. Segundo o site da Acesso, a instituição tem mais de 5 milhões de clientes.
Em seu comunicado, o Banco Central afirma que não foram expostos dados sensíveis, como senhas, movimentações financeiras e nem saldos das contas. Segundo a instituição, as informações vazadas são de caráter cadastral e não permitem movimentar recursos ou acessar as contas dos usuários.
Este foi o segundo vazamento de informações relacionado ao PIX desde a implementação do sistema. Em agosto do ano passado, os dados cadastrais vinculados a 414.526 chaves PIX do Banco do Estado de Sergipe (Banese) vazaram. Segundo o BC, “os episódios possuem a natureza similar, mas a quantidade de chaves expostas foi menor e o conjunto de dados ainda mais limitado”.
Para aumentar a segurança do sistema e evitar golpes, o Banco Central implementou limites noturnos menores do que durante o dia. A instituição também implementou a possibilidade de se fazer um bloqueio cautelar em caso de suspeita de fraude e devolução dos recursos em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes.
Desde a sua criação, o PIX ganhou novas funcionalidades, como a possibilidades de agendar pagamentos e as modalidades de saque e troco. Segundo informações do Banco Central, mais de 117 milhões de pessoas utilizam o sistema.
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