O PSL divulgou nesta quinta-feira (9) um levantamento que afirma que o partido teve 14.817 novos pedidos de filiação desde o anúncio desfiliação do presidente Jair Bolsonaro no último dia 19 de novembro. Leia a íntegra.
Ainda segundo a contagem da legenda neste mesmo período foram apresentados cerca de 750 pedidos de desfiliação.
A nota divulgada pelo partido ressalta que a contagem não é oficial e que o Tribunal Superior Eleitoral divulga levantamentos duas vezes por ano nos dias 12 de abril e 12 de outubro. Ou seja, não há dado consolidado oficial do número de filiados.
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Bolsonaro x PSL
Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro e o seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, assinaram carta de desfiliação do PSL.
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O grupo político do presidente da República na Câmara dos Deputados também vai sair do partido para participar da fundação de uma nova legenda chamada de Aliança pelo Brasil. Admar e a advogada Karina Kufa são os responsáveis pela estratégia jurídica da criação da legenda em gestação.
A crise na sigla pela qual foi eleito o presidente da República foi destacada pelo Congresso em Foco em setembro de 2019, quando deputados revelaram ao site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.
O clima piorou no dia 8 de outubro, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer da sigla e que presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, está “queimado para caramba”.
Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados. Bolsonaro e seus aliados têm sido mais ferrenhos; do outro, o presidente do partido, Luciano Bivar, e deputados que não fazem parte da ala mais bolsonarista.
Há quatro anos, quando 26.162 pessoas se candidataram a cargos eletivos, o nanico Partido Social Liberal lançou 832 candidatos pelo Brasil. Passados quatro anos, em 2018 e com Bolsonaro como presidente eleito pela sigla, o número de candidatos pela legenda disparou 51,4%, chegando a 1.260.
Em 2018, o partido elegeu três governadores, quatro senadores e 54 deputados federais, começando o ano com a maior bancada da Câmara. Enquanto em 2014 não foram eleitos senadores e governadores pelo partido e apenas um deputado do PSL foi escolhido nas urnas naquele ano.
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