Consumada a filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, socialistas e petistas agora tentam aparar arestas nos estados de São Paulo e Rio Janeiro, primeiro e terceiro maiores colégios eleitorais do país, considerados estratégicos para qualquer legenda. Os próximos dias serão de negociações intensas. A cúpula do PSB saiu da cerimônia de filiação rumo a uma conversa “informal” entre suas principais lideranças. Já o PT reúne, ainda nesta quarta-feira (23), o diretório nacional para, dentre outras coisas, definir um calendário de campanha.
No Rio de Janeiro as conversas estão mais definidas. Em reserva, integrantes do diretório nacional do PSB disseram ao Congresso em Foco que está praticamente sacramentada a chapa com Marcelo Freixo candidato a governador, um candidato a vice pelo PT e o deputado federal Alessandro Molon concorrendo ao Senado.
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Em São Paulo, nas próximas semanas, deve ser lançada uma pesquisa de intenção de voto comparando as chances de Márcio França (PSB) e de Fernando Haddad (PT) de chegar ao governo estadual. A sugestão partiu do próprio França, que tenta se cacifar como o nome preferido, mas ainda há resistência por parte do PT.
Outro caminho apontado por socialistas seria a construção de duas chapas no estado, formando para Lula um palanque duplo, um com França e outro com Haddad.
Em entrevista mais cedo à Globonews, França afirmou que, para o PT, ter um nome do PSB em São Paulo seria estratégico diante do surgimento de Tarcísio de Freitas como candidato de Bolsonaro no estado. “É preciso buscar palanques que ampliem e possibilitem a vitória da chapa Lula/Alckmin nesses lugares onde a influência de Lula não é tão grande”. Ele também pontuou a preferência de Lula “da Bahia pra cima” e uma preferência de candidatos bolsonaristas, ou mais conservadores, “da Bahia pra baixo”.
Na cerimônia de filiação de Geraldo Alckmin, França foi apresentado como o “futuro governador de São Paulo”. “Não tem nada decidido”, rebateu a presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, ao final do evento.
Atualmente com quatro governadores, o PSB trabalha para construir oito candidaturas aos governos estaduais. As apostas são Pernambuco, com Danilo Cabral; Espírito Santo, com Renato Casagrande; Maranhão, com Carlos Brandão; Santa Catarina, com Dario Berger; Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo; Paraíba, com João Azevedo; Rio Grande do Sul, com Beto Albuquerque; e São Paulo, com França. Desses, apenas Casagrande e Azevedo disputam a reeleição.
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