O prédio-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser cercado por grades, nesta quinta-feira (14), após o atentado com explosivos da noite de quarta (13). As grades foram retiradas em fevereiro deste ano, em um ato simbólico de harmonia entre os Poderes, pós-atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.
As grades começaram a ser instaladas nos prédios dos Três Poderes – Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional – em 2013, devido aos protestos daquele ano contra o governo da então presidenta Dilma Rousseff.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, arremessou explosivos contra a estátua da Justiça e tentou entrar no Supremo. Ele morreu ao detonar um dos artefatos. Além disso, ele explodiu um carro, que está em seu nome, no estacionamento do Anexo IV da Câmara.
Durante a perícia, na manhã desta quinta, a Polícia Federal (PF) encontrou um trailer alugado pelo homem, próximo do veículo, em que também foram encontrados explosivos. Francisco, que era morador de Rio do Sul (SC), estava em Brasília desde a metade do ano e alugou uma residência em Ceilândia, região administrativa localizada a pouco mais de 25 quilômetro da Praça dos Três Poderes, onde mais artefatos foram encontrados.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que os explosivos eram artesanais mas eram de “alto grau de lesividade”.
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