Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, começa a ser desmontado o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Um grande número de policiais militares está no local. O ministro também afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do cargo por 90 dias. Segundo Moraes, houve conivência e possível acobertamento dos atos por autoridades responsáveis pela segurança.
O ministro do STF ordenou a desocupação e o desmonte total de acampamentos, em 24 horas; a desobstrução de rodovias em todo território nacional; a apreensão e bloqueio de ônibus com manifestantes, e a proibição do ingresso no DF de novos ônibus e caminhões com golpistas. De acordo com balanço divulgado até o final da noite desse domingo, 300 pessoas foram presas por participação nos atos antidemocráticos.
Veja a íntegra da decisão de Moraes
Soldados do Exército equipados com escudos chegaram a impedir uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal, na noite desse domingo (8), para desmobilizar o acampamento na Praça dos Cristais. Além de formar uma barreira, eles usaram dois veículos blindados para barrar a entrada dos PMs.
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A operação policial foi determinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. O Exército alegou que a área é de responsabilidade da força e que, por isso, não caberia aos policiais militares a retirada dos acampados.
Várias viaturas foram até o local depois da invasão e dos ataques de bolsonaristas aos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, promovidos por pessoas acampadas em frente ao QG do Exército.
PublicidadeO presidente Lula determinou intervenção federal na área da segurança pública no Distrito Federal, nomeando o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para a função.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro acampam a área desde 30 de outubro e não aceitam o resultado das eleições. Eles pedem intervenção militar.
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