Entre os estudantes que estão ingressando agora no Ensino Médio, 65% gostariam de contar com um modelo de currículo flexível no qual pudessem ter como foco áreas específicas. O dado é de pesquisa Datafolha encomendada pela ONG Todos Pela Educação.
Segundo o levantamento, são 35% os que querem disciplinas para o aprofundamento de áreas e disciplinas específicas de acordo com os interesses dos alunos, enquanto 29% defenderam a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes.
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Do total de estudantes entrevistados pelo Datafolha, somente 35% preferem o modelo no qual todos os estudantes cursam obrigatoriamente as mesmas disciplinas.
A pesquisa foi realizada presencialmente pelo Datafolha de 29 de janeiro a 9 de fevereiro deste ano. Foram ouvidos 462 estudantes dos ensinos público e privado. A faixa de idade dos entrevistados é de 14 a 16 anos. Segundo o instituto, a margem de erro do levantamento é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O modelo de Ensino Médio no Brasil voltou a ser discutido pelo Congresso Nacional em 2023 e ainda não tem uma definição. O projeto está atualmente no plenário da Câmara dos Deputados, mas ainda conta com disputas entre deputados e o governo Lula (PT).
PublicidadeO PL foi proposto pelo Ministério da Educação com o retorno das 2.400 horas de ensino básico, a Formação Geral Básica (FGB). A reforma do Ensino Médio realizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) diminuiu essas horas para 1.800. O relator do PL, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), porém, escolheu um meio-termo de 2.100 horas para a FGB.
De acordo com o relatório atual do projeto de lei, o MEC terá o poder de definir como serão os itinerários formativos – a parte na qual cada aluno poderá escolher qual área do conhecimento quer aprofundar em seus estudos durante o Ensino Médio. As diretrizes nacionais devem ser definidas pelo ministério para todas as escolas brasileiras.
Segundo a pesquisa Datafolha, a maior parte dos estudantes não sabe a respeito do Novo Ensino Médio. São 53% os que dizem não ter conhecimento da proposta, enquanto 9% dizem conhecer, mas estarem "mal informados" a respeito dela.