“Não vamos aceitar que o Irã tenha armamento nuclear”. Foi assim que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu o ataque do Irã que destruiu bases militares americanas no Iraque. Ele disse que ninguém saiu ferido do ataque e afirmou que o Irã parece estar recuando. Porém, também garantiu que novos conflitos não serão tolerados. Para reforçar esse recado, Trump ainda anunciou novas sanções econômicas ao Irã, convocou outros países ocidentais a lutarem contra o terrorismo e alertou o Oriente Médio sobre o poder bélico das forças militares americanas: “Nossos mísseis são fortes, poderosos, precisos, letais e rápidos”.
> EUA pedem cuidados extras dos americanos que vivem no Brasil
Leia também
O pronunciamento de Trump sobre o ataque coordenado pelo Irã nessa terça-feira (7), como uma resposta ao atentado dos Estados Unidos que matou o general Qasem Soleimani na semana passada, ocorreu no início da tarde desta quarta-feira (8). O presidente americano apareceu rodeado de militares para o discurso, que era esperado por todo o mundo há horas, e logo destacou que os Estados Unidos estão dispostos a lutar contra o terrorismo e a construção de armas nucleares no Irã. “O Irã andou procurando obter armas nucleares e ameaçando o mundo civilizado. Não vamos permitir que isso aconteça”, afirmou.
Trump ainda disse que o ataque da semana passada, que matou o general iraniano e instalou um clima de tensão no Oriente Médio, teve o objetivo de “interromper as ações de um terrorista terrível que ameaçava vidas americanas”. Segundo ele, Soleimani estava planejando ataques contra os Estados Unidos. “Sob minha direção, eliminamos o maior terrorista do mundo”, afirmou.
Ele ainda minimizou os efeitos do ataque coordenado pelo Irã na noite dessa terça-feira, como uma resposta à morte de Soleimani. Segundo Trump, nenhum americano, nem nenhum iraquiano morreu no bombardeio à base militar americana no Iraque. “Não sofremos baixas. Todos os nossos soldados estão seguros. Houve apenas prejuízos mínimos em nossas bases militares”, assegurou.
> Irã alerta que aliados dos EUA podem virar alvos de ataques
Trump sinalizou, por sua vez, que não vai deixar barato esse ou outros possíveis ataques do Irã. Ele não falou de novos conflitos, mas garantiu que as forças militares americanas estão preparadas para tudo. “Nós reconstruimos as forças armadas americanas à custa US$ 2,3 bilhões. Elas estão melhores que nunca. Nossos mísseis são fortes, poderosos, precisos, letais e rápidos… Estamos criando um supersônico. Não significa que vamos usá-los. Não queremos usá-los. Mas a força militar americana é a melhor coisa para conter os inimigos”, alertou.
O mandatário americano ainda pediu colaboração de outros países e da Otan nessa questão, dizendo que é hora de o mundo “civilizado” mostrar que o terrorismo e o armamento nuclear não será tolerado no Oriente Médio. Para Trump, “a violência, o ódio e a guerra” não podem prevalecer nessa região. Por isso, é preciso costurar um acordo de paz com o Irã que substitua o acordo nuclear.
Além disso, Donald Trump anunciou novas sanções econômicas ao Irã e ressaltou: “Não precisamos do petróleo do Oriente Médio”. “Ao remover Soleimani, mandamos uma mensagem poderosa ao terrorismo: ‘Vocês não vão ameaçar a vida do nosso povo. E nós continuamos a avaliar respostas, mas vamos estabelecer também novas sanções. Sanções poderosas vão continuar até o Irã mudar seu comportamento”, afirmou o presidente dos Estados Unidos.
> Governo brasileiro manifesta apoio aos EUA contra Irã
> EUA x Irã: agronegócio teme retaliação e pede neutralidade do Brasil
Deixe um comentário