Um levantamento realizado pela universidade de Johns Hopkins, nos EUA, revela que o número de novos casos da Covid-19 no mundo disparou ao longo do último mês de dezembro. O súbito aumento começou no último dia 15, e atingiu seu ápice já na segunda-feira (27), com a detecção de 1,45 mihões de casos pelo mundo. Espanha, Reino Unido e EUA são os principais focos de novos casos, somando mais de um milhão de pacientes.
O Brasil apresenta um padrão diferente do apresentado no resto do mundo. O mesmo estudo demonstra que desde o mês de agosto houve uma queda constante de detecção de novos casos no país, enquanto que os dados mundiais apontavam para uma constante oscilação. Apesar disso, o pico de dezembro não deixou de se manifestar no país. Até a semana anterior ao dia 20, o Brasil oscilava entre 1 mil e 3 mil novos casos ao dia. Após o dia 20, apresentaram aumento até a marca dos 6,9 mil casos detectados no dia 27.
Os gráficos abaixo mostram a detecção de casos diários ao longo da pandemia e o mapa de novos casos do coronavírus no mundo:
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Se o aumento no número de casos indica que o mundo ainda vive uma pandemia, o volume de mortes em decorrência da covid-19 tem diminuído a medida em que a vacinação avança. Dados da mesma universidade indicam que o mundo registra, atualmente, a taxa de 0,82 mortos por milhão de habitantes. O pico foi em 28 de janeiro, quando se contabilizou 1,87 mortos por milhão. Já o percentual da população mundial completamente vacinada está em 48,4%.
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Além das comemorações de final de ano, a realização do carnaval, uma das maiores festas populares do mundo, preocupa os infectologistas e as autoridades sanitárias. No Brasil, ainda há indefinição da maioria dos estados quanto à realização de eventos públicos abertos, apesar de diversas festas privadas já estarem com ingressos à venda.
Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) foi um dos primeiros a se pronunciar sobre o assunto. Ele disse que “ficou impossível” a realização da festividade em 2022. “Só uma pessoa completamente irresponsável autorizaria o carnaval nessas condições”, afirmou.
Curitiba, cujo carnaval de rua vinha ganhando proporções nos últimos anos também emitiu um posicionamento da Fundação Cultural informando o cancelamento da festa.
Em Minas Gerais, as cidades históricas como Ouro Preto, Diamantina e Mariana, conhecidas por serem polos carnavalescos, decidiram, por unanimidade, que não irão promover o carnaval no próximo ano.
Entretanto, outros estados conhecidos por grandes aglomerações durante o período de folia, a exemplo de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, tem empurrado a decisão para o próximo ano.