A capitã de fragata Carla Monteiro de Castro Araújo, da Marinha do Brasil, vai receber o Prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU 2019. Ela atua na Missão de Estabilização Multidimensional Integrada das Nações Unidas na República Centro-Africana (Minusca).
“Ver o nosso trabalho dando frutos ao longo do ano já me deixou muito feliz. As dificuldades são tantas, filhos pequenos, a distância da família e todas as situações que enfrentamos aqui. Então, esse prêmio serviu para me mostrar que estamos no caminho certo, que tudo valeu a pena. Nós trouxemos esperança para muita gente”, disse Carla em entrevista ao site do Ministério da Defesa.
Segundo informações da pasta, a militar está na África desde abril do ano passado e, junto com sua equipe, conseguiu ampliar a rede de conscientização na perspectiva de gênero e proteção de mulheres. De acordo com a comandante, a estratégia foi atuar na sensibilização de militares que, em suas ações diárias como peacekeepers (soldados da paz), têm contato estreito junto às comunidades.
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“A partir daí, também focamos na conscientização da população sobre os direitos das mulheres, mostrando que a ONU está aqui para trabalhar lado a lado com eles, para que consigam se reconstruir e se reestruturar”, resumiu a homenageada.
A mesma distinção foi concedida, no ano passado, à capitã de corveta Marcia Andrade Braga, brasileira que também foi integrante da Minusca. Criado em 2016, o prêmio reconhece a dedicação e o esforço de peacekepeers na promoção dos princípios da Resolução 1.325 do Conselho de Segurança sobre Mulheres, Paz e Segurança.
Neste ano, a comandante Carla divide a premiação com a militar indiana Suman Gawani, que participou da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (Unmiss). Essa é a primeira vez que o prêmio será concedido a duas militares, que serão agraciadas em cerimônia virtual.
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