O presidente eleito Lula deve ir aos Estados Unidos após sua diplomação para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A prévia do encontro ocorrerá no início desta semana com a chegada a Brasília, nesta segunda-feira (5), do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. Eles devem discutir com Lula parcerias em temas como segurança alimentar e mudanças climáticas.
O petista chegou a Brasília nesse domingo à noite para uma semana intensa de articulação política, que inclui desde as negociações em torno da formação do ministério até a votação da PEC que viabilizará o pagamento do Auxílio Brasil (Bolsa Família) em R$ 600, além do acréscimo de R$ 150 por crianças de até seis anos.
Sullivan também se reunirá com o senador Jaques Wagner (PT), cotado para o ministério, e com o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha, que atua em assuntos internacionais.
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Enquanto isso, Lula concentrará forças para concluir o desenho de seu ministério, em meio a conversas com partidos políticos que tenta atrair para sua base de apoio parlamentar. Ele também analisará os relatórios preliminares entregues pelos grupos de trabalho do governo de transição e a PEC que tira as despesas com o Bolsa Família e outras despesas sociais do teto de gastos. O texto deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira e até o final da semana no plenário do Senado.
Há possibilidade de ele anunciar os nomes de alguns ministros nesta semana, como Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça). Outros aliados, no entanto, apostam que a divulgação só será feita após a diplomação de Lula, marcada para a próxima segunda-feira (12) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
PublicidadeNos dias seguintes, em data ainda não confirmada, o presidente eleito viajará para os Estados Unidos onde pretende conversar com o colega sobre questões climáticas, guerra na Ucrânia e a posição dos governos norte-americano e brasileiro em relação a líderes de extrema-direita como Donald Trump e Jair Bolsonaro. O encontro vai restabelecer as boas relações entre os dois países, abaladas desde a eleição de Biden devido à aliança entre Bolsonaro e Trump.