Cabe ao presidente da República gerir tanto a política interna do poder executivo quanto tomar decisões e representar o país no cenário internacional. Os candidatos a presidente têm visões bem diferentes de quais devem ser as prioridades do Itamaraty. Confira o que dizem Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT):
Bolsonaro: alterar eixo de parcerias
O plano de governo de Bolsonaro fala em alterar o eixo de parcerias internacionais do Brasil. Pretende priorizar acordos comerciais com democracias do ocidente, utilizando os Estados Unidos, Israel e Itália como exemplos; e aprofundar a integração com demais países latino-americanos “livres de ditaduras”.
O candidato afirma que esses países têm muito a oferecer “em termos de comércio, ciência, tecnologia, inovação, educação e cultura”, mas foram preteridos pelos governos anteriores por questões ideológicas. Bolsonaro também diz que quer dar prioridade a acordos bilaterais nas decisões de política externa.
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Sobre a forma com que Bolsonaro pretende lidar com a Venezuela, não houve resposta oficial da assessoria de imprensa ou manifestação em seu plano de governo. Mas Bolsonaro critica o regime de Maduro em suas redes sociais e em seus discursos, e o vice dele, Hamilton Mourão, manifestou, em entrevista para a Globo News, interesse em realizar uma missão de paz na Venezuela. Porém, a manifestação foi em nome próprio e não em nome da chapa.
Haddad: solução democrática para Venezuela
O plano de governo de Fernando Haddad (PT) apresenta a proposta de fortalecer as relações com países sul-americanos e caribenhos. Além disso, traz a ideia de impulsionar as relações com o grupo dos Brics (bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e promover reformas no Conselho de Segurança da ONU.
A proposta de Haddad busca fortalecer o diálogo mundial pela construção da paz e retomará a cooperação nas áreas de saúde, educação, segurança alimentar e nutricional, entre outras, em especial com países latinos e com a África. A ideia do petista é fazer o Brasil voltar a ter presença ativa no Sistema Internacional de Direitos Humanos.
O candidato petista defende que deve-se buscar uma solução democrática na Venezuela com ajuda da ONU e se manifesta contra a intervenção norte-americana no país.
* Por Lucas Neiva e Vinícius Heck, sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira.
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