O movimento Democracia Sem Fronteiras (DSF) promoveu, nesta terça-feira (4), um ato na Esplanada dos Ministérios para pedir que o Brasil passe a aderir ao boicote aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno que vão acontecer na China a partir do dia 4 de fevereiro.
O grupo colocou faixas com as frases “Bolsonaro, o Brasil precisa boicotar os Jogos Olímpicos na China!” e “Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, o Brasil precisa boicotar os Jogos Olímpicos na China!”, em português e em inglês, em frente ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional.
Embora a China seja o principal parceiro comercial do Brasil, o presidente do Democracia sem Fronteiras considera que o Estado brasileiro tem o dever de reconhecer a violação dos direitos humanos cometidos por Pequim e de adotar medidas que possam minimizar as atrocidades cometidas pelo Partido Comunista Chinês no país.
A proposta de boicote aos Jogos de Inverno vem sendo capitaneada pelos Estados Unidos e começou com o anúncio, no início de dezembro de 2021, do governo norte-americano de que não enviará representação diplomática ou oficial para os eventos.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, explica que o motivo da ação é “o genocídio e os crimes contra a humanidade em curso em Xinjiang e outros abusos de direitos humanos”. A decisão não prejudica a participação dos atletas nas competições. Outros países que adotaram o “boicote diplomático” são Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Bélgica, Lituânia e Japão.
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Nesse sentido, o movimento DSF protocolou, em dezembro (7), no Ministério das Relações Exteriores (MRE) um pedido para que as autoridades políticas brasileiras também não compareçam às Olimpíadas de Inverno de 2022 e aos Jogos Paralímpicos de Pequim. Até o momento, o grupo não teve resposta do MRE.