A Justiça do Distrito Federal deu um prazo de cinco dias úteis para que o chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, explique a relação da sua empresa com os contratos da Secom. A intimação é uma decorrência da ação popular, apresentada pelo Psol, que pede o afastamento de Wajngarten do governo.
> Chefe da Secom recebe dinheiro de empresas contratadas pelo governo
“É imprescindível a oitiva da parte contrária, antes de apreciar o pleito de suspensão liminar do alegado ato lesivo impugnado. Assim, deixo para apreciar o pedido liminar após oportunizar manifestação prévia dos réus no prazo de 05 (cinco) dias úteis”, determinou a juíza federal da 1ª Vara da Justiça do Distrito Federal, Solange Salgado.
O despacho foi emitido na última sexta-feira (17), mas o prazo começa a contar com a notificação de Wajngarten, o que deveria acontecer nesta segunda-feira (20).
Leia também
A Secom foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o assunto. Já o Psol lembrou que o pedido de investigação dos contratos firmados entre a empresa de Wajngarten e a Secom foi protocolado há apenas quatro dias pelo presidente do Psol, Juliano Medeiros, e pelo líder do partido na Câmara, Ivan Valente, via ação popular.
A ação foi apresentada logo depois de a Folha de S.Paulo revelar que a empresa de publicidade que tem Wajngarten como sócio é beneficiada por uma série de contratos da Secom. E também pede a revogação da nomeação de Wajngarten, assim como a anulação dos atos praticados por ele enquanto secretário de Comunicação do governo.
PublicidadeO presidente Jair Bolsonaro, contudo, já afirmou que, se depender da sua vontade, Fabio Wajngarten vai continuar integrando o governo. “Se for ilegal, a gente vê lá na frente. Mas, pelo que eu vi até agora, está tudo legal com o Fabio. Vai continuar, é um excelente profissional”, afirmou o presidente na última quinta-feira (16).
> Cliente do chefe da Secom vira líder em recebimento do governo