O assessor de comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, publicou uma nota em suas redes sociais na noite desta sexta-feira (8) negando que Bolsonaro tenha cometido alguma ingerência na classificação dos presentes diplomáticos recebidos durante seu mandato. Segundo ele, eventuais falhas seriam por erro do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) do Planalto.
Com a nota, a defesa do ex-presidente passa a adotar o discurso de que as joias mantidas no acervo pessoal de Jair e Michelle Bolsonaro não estariam sob sua posse por ação criminosa, mas por erro do gabinete ao classificar se os presentes diplomáticos deveriam ser entregues ao Palácio do Planalto ou se o presidente poderia ficar com eles.
O chefe do GADH durante a gestão Bolsonaro era Marcelo da Silva Vieira, que também é alvo do inquérito que investiga a possível apropriação de presentes diplomáticos. Em entrevista à Globo News na última semana, ele afirmou ter sido contactado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que constantemente tentava incluir presentes diplomáticos no acervo pessoal do presidente.
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O esforço para terceirizar a responsabilidade pelo destino das joias e demais presentes diplomáticos se deu logo após Bolsonaro ampliar o seu time de advogados. Conforme revelou anteriormente o Congresso em Foco, a busca por novas estratégias e novos ângulos para a formulação de sua defesa jurídica foi justamente o objetivo principal das novas contratações.